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Grupo 9 - Cães de Companhia |
Seção 11 - Cães Molossos de Pequeno Porte |
Padrão FCI no 101 - 06 de abril de 1998. |
País de origem - França |
Nome no país de origem - Bouledogue Français |
Utilização - Companhia, guarda e lazer |
Sem prova de trabalho |
Sergio Meira Lopes de Castro - Presidente da CBKC |
Domingos Josué Cruz Setta  - Presidente do Conselho Cinotécnico |
Tradução: Bruno Tausz |
Revisão: Suzanne Blum |
NOMENCLATURA CINÓFILA UTILIZADA NESTE PADRÃO
1- Trufa
13- Perna 25- Braço 2- Focinho
14- Jarrete 26- Ponta do esterno 3- Stop 1
15- Metatarso 27- Ponta do ombro 4- Crânio
16- Patas 5- Occipital
17- Joelho 6- Cernelha
18- Linha inferior 7- Dorso
19- Cotovelo a- profundidade do peito 8- Lombo
20- Linha do solo b- altura do cotovelo 9- Garupa
21- Metacarpo a + b = altura do cão 10- Raiz da cauda
22- Carpo 11- Ísquio
23- Antebraço 12- Coxa
24- Nível do esterno na cernelha
Surgiu, provavelmente, como todos os Dogues, Molossos do império e do império romano, parente do Buldogue da Grã-Bretanha, dos Alanos da Idade Média, dos Dogues e pequenos Dogues da França. O Buldogue Francês, que conhecemos, é o produto de diferentes cruzamentos feitos pelos criadores apaixonados nos bairros populares de Paris no ano de 1880. Na época, cães dos fortes dos Halles - açougueiros, cocheiros - souberam conquistar a alta sociedade e o mundo dos artistas pelo seu físico tão exclusivo e seu caráter. Daí se difundirem rapidamente. O primeiro Clube da raça foi fundado em 1880, em Paris. O primeiro registro de inscrição data de 1885 e o primeiro padrão foi redigido em 1898, ano no qual a Sociedade Canina Central reconheceu a raça do Buldogue Francês. O primeiro cão exposto foi a partir de 1887. O padrão foi modificado em 1931, 1932 e 1948; foi reformulado em 1986 por H. F. REANT e R. TRIQUET (publicação FCI 1987), depois em 1994 pelo Comitê do Clube do Buldogue Francês com a colaboração de R. TRIQUET. |
Tipicamente um molossóide de pequeno porte. Poderoso para seu pequeno talhe, brevilíneo, atarracado em todas as suas proporções, de pêlo raso, de focinho curto e trufa achatada, de orelhas empinadas, com uma cauda naturalmente curta. Seu aspecto é de um animal ativo, inteligente, muito musculoso, de estrutura compacta e sólida ossatura. |
Sociável, alegre, brincalhão, esportivo e esperto. Particularmente afetuoso com seus donos e com crianças. |
Muito forte, larga e cubóide. O revestimento da pele forma pregas e rugas quase simétricas. A cabeça do Buldogue Francês é caracterizada por uma retração da maxila com o crânio, ganhando em largura o que perdeu em comprimento. |
Crânio: largo, quase plano com a testa muito arqueada. Arcadas superciliares proeminentes, separadas por um sulco sagital particularmente desenvolvido entre os olhos. O sulco não se prolonga para a testa. Crista occipital muito pouco desenvolvida. |
Stop: profundamente acentuado. |
Trufa: larga, muito curta, arrebitada, com narinas bem abertas, simétricas e inclinadas obliquamente para trás. A inclinação das narinas bem como a trufa arrebitada devem todavia permitir a respiração nasal normal. |
Canal nasal: larga, muito curta, apresentando pregas centrais simétricas, descendo sobre os lábios superiores (comprimento 1/6 do comprimento total da cabeça). |
Lábios: espessos, um pouco soltos e pretos. O lábio superior junta-se uniformemente com o inferior e oculta completamente os dentes que jamais devem estar visíveis. O perfil do lábio superior é descendente e arredondado. A língua jamais deve ficar à mostra. |
Maxilares: largos, quadrados, e poderosos. A mandíbula descreve uma curva ampla, articulando-se à frente da maxila. Com a boca fechada, a proeminência da mandíbula (prognatismo) é moderada pela curvatura dos ossos mandibulares. Essa curvatura é necessária para evitar um afastamento muito grande da mandíbula. |
Dentes: os incisivos inferiores de modo algum podem estar atrás dos superiores. A arcada incisiva inferior é arredondada. Os maxilares não podem apresentar desvio lateral nem torção. O afastamento das arcadas incisivas não é rigorosamente limitado, a condição essencial é que os lábios superiores e inferiores se fechem bem justos de forma a ocultar completamente os dentes. |
Faces: os músculos são bem desenvolvidos, mas sem relevo. |
Olhos: expressão alerta, de inserção baixa, bem longe da trufa e, principalmente, das orelhas; de cor escura, bastante grandes, bem redondos, ligeiramente protuberantes, sem deixar aparente qualquer traço do branco (esclerótica) quando o exemplar olha direto para a frente. A orla das pálpebras é preta. |
Orelhas: de tamanho médio, largas na base e arredondadas na ponta. Inseridas no alto da cabeça, sem ficarem muito próximas, e portadas eretas. A abertura da concha acústica é voltada para a frente. A pele é fina e macia ao toque. |
Curto, ligeiramente arqueado, sem barbelas. |
Linha superior: progressivamente ascendente no lombo para descender rapidamente na direção da cauda. Esse perfil da linha superior deve ser almejado por causa do lombo curto. |
Dorso: largo e musculoso. |
Lombo: curto e largo. |
Garupa: inclinada. |
Peito: cilíndrico e bem profundo, costelas chamadas em barril, muito arqueadas. |
Antepeito: amplamente aberto. |
Ventre: retraído sem ser esgalgado. |
Curta, de inserção baixa na garupa, rente às nádegas, grossa na raiz, em espiral ou quebrada naturalmente e afilada na ponta. Mesmo em movimento, deve ser portada abaixo da horizontal. A cauda relativamente longa (sem ultrapassar a ponta do jarrete), quebrada e afilada, é admitida, mas não almejada. |
Inserção da cauda
Vistos de perfil e de frente, são aprumados e regulares. |
Ombros: curtos, grossos, revelando uma musculatura firme e aparente. |
Braços: curtos. |
Cotovelos: trabalham estreitamente ajustados ao corpo. |
Antebraços: curtos, bem afastados, retos e musculosos. |
Carpos e metacarpos: sólidos e curtos. |
Coxas: musculosas, firmes, sem serem muito arredondadas. |
Jarretes: bem curtos, nem muito angulados, nem, principalmente, muito retos. |
Metatarsos: sólidos e curtos. O Buldogue Francês deverá nascer sem ergôs. |
As patas anteriores são redondas, pequenas, chamadas pés de gato, bem pousadas no solo, ligeiramente voltadas para fora. Os dígitos são bem compactos, de unhas curtas, grossos e bem separados. As almofadas plantares e digitais são duras, espessas e pretas. Nos exemplares tigrados, as unhas devem ser pretas. Nos brancos e rajados e nos fulvos, a preferência será pelas unhas escuras, sem, entretanto, penalizar as unhas claras. As patas posteriores são bem compactas. |
Passadas fluentes, com os membros deslocando-se paralelamente ao plano médio do corpo. |
Pêlo: lindo pêlo raso, cerrado, brilhante e macio. |
Uniformemente colorido fulvo, tigrado ou não, ou com nuanças limitadas. Fulvo tigrado ou não, com nuanças médias ou esmaecidas. |
Todas as nuanças do fulvo são admitidas, do vermelho ao café com leite. Os exemplares inteiramente brancos são classificados dentro dos fulvos tigrados com nuanças brancas esmaecidas. Desde que um exemplar apresente a trufa muito escura, olhos escuros debruados com pálpebras escuras, alguma despigmentação da face poderá ser excepcionalmente tolerada nos cães muito bons. |
O peso não deve ser inferior a 8 quilos, nem superior a 14 quilos; para um Buldogue em bom estado, o talhe é proporcional ao peso. |
Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade. |
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- olhos de cores diferentes; - trufa de outra cor que não a preta; - lábios leporinos; - incisivos inferiores em articulação atrás dos superiores; - exemplares com os caninos à mostra com a boca fechada; - orelhas não portadas empinadas; - mutilação das orelhas, da cauda ou dos ergôs; - ergôs nos posteriores; - pelagem preta e castanho, cinza rato ou marrom; anurismo. |
NOTA: Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.